domingo, 8 de maio de 2011

Fluindo...


Esse texto não tem pretensão alguma de fazer sentido. São palavras que foram brotando da terra das palavras e foram sendo derramadas sobre o papel... Sento e escrevo. Fecho os olhos e penso... Quando o amor vira outra coisa? Como eu sei que é amor? Porque o amor não é suficiente? O que falta? Por que é que a gente só quer o que não pode ter? O que torna a vida mais fácil? Dinheiro? Saúde, amor? Qual o segredo de um relacionamento duradouro? É verdadeiro? É para sempre? Hoje eu só tenho perguntas em minha mente... interrogação, interrogação... ai que vontade de escrever. Queria que minha cabeça organizasse as minhas idéias... mas não dá... as palavras saem, as perguntas saem... respostas? Não. Não... tudo confuso! Sentar e escrever... esse é o objetivo. Aliviar. Esvaziar. Recomeçar? Talvez. É preciso. É doloroso. Mas a vida continua e você não esta só. Nunca estamos só. Nem nas palavras, nem no silêncio, nem na solidão... há alguém lá, alguém imaginário, alguém imaginado. Sua consciência, ela esta lá, ela te escuta, você se escuta. Você tem a si mesmo, e ainda assim, nunca estará só. Talvez chegue o momento, em que tudo que você precisa é estar acompanhado de si mesmo... a vida é fácil? Complicada? Depende muito do seu momento, seu com você mesmo, seu com os outros... o que você quer escutar dos outros? A resposta que você quer ouvir? A resposta que esta na sua frente e você não quer enxergar? A verdade? A mentira que te faz dormir? É doloroso, mas eu sei a resposta. Esta na cara, ta obvio, e ainda assim, insistimos em nos enganar, em nos prender, em ficar. A vida é movimento, o que ficou pra trás já não me pertence. O que está por vir nunca me pertenceu, embora logo, logo me pertença. Não, não, logo, logo já não me pertence mais, novamente. Sigo o meu caminho. Um caminho diferente? Ou um novo jeito de caminhar? Pergunta difícil. “escolha uma estrada e não olhe pra trás”? “tinha uma pedra no meio do caminho”? “perder-se também é caminho”? “Em qual rua minha vida vai encostar na tua”? tantas estradas, tantas encruzilhadas... becos sem saída. Mas pouco importa o caminho, se você não sabe onde é “lá”. Não é Alice? Pra onde ir? “estamos indo de volta pra casa”? Lar? “Lar é o lugar onde o seu coração está!” Interrogações, interrogações... no fundo, é o que nos resta. É o que nos move. É o que muda. É o que vai. É o que fica. Amadurecer é...? Resolvi trocar as palavras “nunca” e “sempre”. Essas já não fazem mais parte do meu vocabulário. A vida segue no gerúndio. Aprendendo, Indo, seguindo, sentindo... “caminhando, cantando, seguindo a canção”. E é assim... “todos os dias um vai e vem, tem gente a sorrir e a chorar. E assim chegar e partir...” É um eterno fluir, como as águas a caminho do mar. Inicio com perguntas soltas... termino sem conclusões, embaralho minha mente com mais confusões. Termino como comecei. Não fui a lugar algum? Não sei... não temos respostas para tudo... pensamos que temos! Ou simplesmente, inventamos nossas melhores respostas!

Um comentário:

  1. As vezes, parece que as palavras que não pretendem ter nenhum sentido, são as que nos tocam mais..
    Até pq, os questionamentos que nos tocam mais, não parecem ter sentido.
    Quem já namorou sério, por um longo tempo, já se deparou, com a pergunta: Vale a pena continuar? Muitas vezes achamos que não, mas continuamos mesmo assim..
    As vezes parece que com o tempo, não estamos dispostos a abdicar de tudo aquilo que abdicamos com tanta facilidade, no ínicio..

    Belo texto.

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