sábado, 2 de julho de 2011

Meu nome é Adele...



Quem me conhece sabe que eu sou super fã da Adele. Ela é um dos meus melhores achados no mundo da música ultimamente. A gente se encontrou num ponto da vida em que nossos momentos se interligam, e até o álbum “21” coincide com nossas idades e histórias de vida. Porque ela? Ela é um dos poucos artistas que conseguiram transformar sofrimento em arte, e obviamente, lucrar muito com isso. A indústria do sofrimento tem lucros altíssimos, é só olhar ao redor e ver os milhares de casos amorosos fadados ao fracasso de uma noite só e a quantidade de músicas, filmes, livros a respeito disso. Embora compartilhe de algumas coisas que ela compôs, é uma pena que no nosso caso, enquanto pessoas comuns, não lucremos nada. Pelo contrario, talvez fiquemos com o ônus, e pagamos os juros e correções monetárias dos relacionamentos passados. Mas enfim, ela sofreu, afinal, sofrer é privilegio dos vivos, expressou em suas canções, e está no auge. Ainda assim, em entrevistas recentes ela declarou que largaria tudo o que construiu, fama, dinheiro, carreira, para ter o ex-namorado de volta, se ele quisesse. Detalhe: o ex está processando ela alegando ter sido a fonte de inspiração e o tema central de suas canções, e quer tirar uma casquinha do sucesso da jovem. Ai eu penso: Que amor avassalador é esse que faria qualquer um de nós largarmos tudo, e ir a busca de viver esse amor? Que intensidade é essa que nos leva a uma loucura desenfreada de amar? Começo a pensar que os relacionamentos, e os sentimentos como o amor, estão bebendo da fonte do Sado masoquismo. Se isso é saudável ou não, eu já não sei... sei que existe as diferentes formas de amar. São tantas formas de se expressar o amor, que até já me questiono se amor realmente rima com dor. E acabo concordando. Refiro-me a dor de amar, a dor de não amar, a dor de ser amado, de não ser... “As vezes o amor dura, as vezes insiste em doer” diz Adele. Em uma das músicas, quando ela diz “poderíamos ter tido tudo”, é o “poderia” que mais pesa, que mais machuca. Lembro-me de Manoel Bandeira quando dizia “a vida inteira que poderia ter sido e que não foi”. Pensar no “poderia” é pensar no tempo perdido, no tempo que não existiu. Aí dói, dói bastante... até que passa. Vai ter que passar. Na vida existe um grande “SE”, um infinito de possibilidades não concretizadas: se eu tivesse feito isso, se eu tivesse feito aquilo. Coloque na sua cabeça que: “MAS você não fez!” “Arrependimentos e erros são feito de memórias” e não adianta chorar o leite derramado. Acontece que o que deveria ser pensar no tempo perdido acaba sendo uma verdadeira perda de tempo. A não ser que você componha músicas e ganhe muito dinheiro com isso. Foi o que Adele fez e não tem como não se identificar... sentimentos esparramados pelo chão é o que mais me atraí nela. E acaba que você aprende algumas coisas... como a própria diz, é importante que aconteça as “viradas de mesa”, e que as portas estejam sempre abertas, não para... mas que estejam abertas. Quem sabe não encontraremos “alguém como você”?


Pra quem não conhece, dá uma olhada em algumas músicas aqui:






4 comentários:

  1. EU simplesmente AAAMOOOOOOO Rolling in The Deep e Don't You Remember, desse album. Chega um momento que todas as músicas parecem uma só, em continuidade. Adoro!
    Queria saber cantar... =T srs

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  2. Ameeeeeeeey esse post!!! It's perfect!!!

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  3. Gosto de "Someone Like You" e fico pensando se é possível encontrarmos "alguém como você", acho que não, infelizmente não!

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